Guia, Cristo, Minha Nau - Hinário Adventista do Sétimo Dia – Nr. 358

Guia, Cristo, Minha Nau

Hinário Adventista do Sétimo Dia


Letra: Edward Hopper (1818-1888)

Título Original: Jesus, Saviour, Pilot Me

Música: John Elgar Gould (1822-1875)

Texto Bíblico: E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram. E eis que se levantou no mar tão grande tempestade que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo. Os discípulos, pois, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Salva-nos, Senhor, que estamos perecendo. Ele lhes respondeu: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se grande bonança. E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem? (Mateus 8:23-27)



1. Guia, Cristo, minha nau

Sobre o revoltoso mar.

Tão enfurecido e mau,

Quer fazê-la naufragar.

Vem, Jesus, oh, vem guiar,

Minha nau vem pilotar!

2. Como sabe serenar

Boa mãe o filho seu,

Vem, acalma assim o mar

Que se eleva até ao céu;

Vem, Jesus, oh, vem guiar,

Minha nau vem pilotar!

3. Se, no porto, quando entrar,

Mais o mar se enfurecer,

Que me possa deleitar

Em ouvir Jesus dizer:

“Entra, pobre viajor,

No descanso do Senhor.”



Veja a história deste hino


O major D. W. Whittle conta o seguinte incidente em relação a este hino:

-“Fui com o general O. O. Howard para dirigir reuniões e os soldados em Tampa, Flórida, e um dia, ao passar pelo acampamento, encontrei um jovem soldado com febre e moribundo. Ajoelhei-me ao seu lado e perguntei-lhe se era cristão. Respondeu-me que não, mas que seus pais o eram e pediu-me que orasse por ele. Orei, mas, não notei qualquer impressão profunda em seu coração.Saí com meu coração entristecido, mas prometi voltar outro dia.

Dois dias depois, visitei-o outra vez e ao orar com ele, o Senhor pôs em minha mente o hino ‘Guia, Cristo, Minha Nau’, que cantei. O soldado moribundo disse: – ‘Ó, isto me fez bem; fez-me lembrar de minha querida irmã em Michigan, que costumava cantar este hino antes de eu entrar para o exercito’. Pediu-me que o repetisse várias vezes, e finalmente perguntou: -‘Será que Jesus seria o meu piloto para entrar no porto de descanso? ‘Disse-lhe que certamente Jesus o seria’. Respondeu: -‘Confiarei nEle de todo o coração’. Procurei vê-lo outra vez no dia seguinte, mas seu colega me comunicou que falecera na noite anterior”.

Este hino foi publicado anonimamente, pela primeira vez no “The Sailor’s Magazine” (Revista do Marinheiro), em 1871 e somente depois de ter sido publicado no “Spiritual Songs” (Hinos Espirituais), em 1878, é que o modesto Edward Hopper deu-se a conhecer como seu autor. A igreja do Dr. Hopper, bem cognominada “Igreja de Mar e Terra”, situava-se na cidade de Nova York, onde ele trabalhou por muitos anos.

Hopper nasceu na cidade de Nova York a 17 de fevereiro de 1816 e formou-se na Universidade de Nova York. Completou seu curso teológico no “Union Theological Seminary” (Seminário Teológico União), e foi ordenado em uma igreja presbiteriana em Nova York, trabalhou toda sua vida na cidade de Nova York, exceto onze anos, durante os quais pregou em Sag Harbor, Long Island.

Muitos anos do final do seu pastorado foram passados na “Igreja de Mar e Terra”. Hopper tinha o coração fraco e morreu subitamente aos 23 de abril de 1888. Ao lado de seu corpo foram encontradas as palavras de um novo hino intitulado “Céu”. Nunca se saberá quantos hinos e poesias Hopper escreveu. Por causa da sua grande modéstia, escondia seus escritos sob diferentes pseudônimos.

Apesar de ser escrito especialmente para sua congregação de marinheiros na cidade de N. York, este maravilhoso hino tem sido fonte de conforto e benção a todo o cristão. Seus majestosos acordes são um ótimo acompanhamento para os seus magníficos pensamentos. A melodia foi escrita por John E. Gould, proprietário de uma loja de musicas na cidade de N. York.

Ele musicou-o após havê-lo visto no “The Sailor’s Magazine“, na noite anterior à sua partida para a África, onde esperava que sua saúde melhorasse. Soube-se mais tarde que morreu na Algéria. A morte de Gould foi muito pranteada na igreja de Hopper, mas ninguém da congregação suspeitava que o próprio Hopper era o autor da letra deste hino.

“Guia, Cristo, Minha Nau” é uma homenagem a um homem que verdadeiramente depositou sua vida nas mãos do Mestre – e que, mesmo vivendo num tempo que já não era seu, aos setenta e dois anos, pode meditar com deleite sobre o “Céu”.

Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical Adventista

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