Dia a Dia - Hinário Adventista do Sétimo Dia – Nr. 359

Dia a Dia

Hinário Adventista do Sétimo Dia


Letra: Karolina Wilhelmina Sandell-Berg (1832-1903)

Título Original: Blott en dag

Música: Oskar Ahnfelt (18l3-1882)

Texto Bíblico: Bendito seja o Senhor, que diariamente leva a nossa carga, o Deus que é a nossa salvação. (Salmo 68:19)

Observação: A autora também é muito conhecida apenas como Lina Sandell. Este hino foi traduzido para o Inglês com o título Day by Day



1. Dia a dia, em todos os momentos,

Força encontro em lutas ou labor,

Pois de Deus recebo sempre alento;

Que razão terei eu pra temor?

Deus, que é bom, e sábio e compassivo,

Cada dia dá-me o que é melhor.

Uma dor, e logo um lenitivo;

Luta e paz eu sinto em derredor.

2. Cada dia Deus está bem perto,

E conselhos dEle posso obter;

Segurança e auxílio em tempo certo

Me concede pelo Seu poder.

Com carinho Deus protege e guia,

Qual zeloso pai, os filhos Seus;

“Dar-te-ei poder a cada dia”

É a certeza que Ele ofereceu.

3. Quero, ó Deus, em cada sofrimento,

Confiar em Teu cuidado e amor.

E com fé, eu permaneça atento

Às promessas Tuas, meu Senhor.

E que eu possa, em lutas, dores, trevas,

Aceitar, ó Deus, de Tua mão,

Um a um, os dias que me entregas,

Nesta minha peregrinação.




Veja a história deste hino

A autora desta tocante letra tinha firme confiança nesta declaração. Experimentara a presença de Deus em muitos momentos de tristeza e de alegria antes de escrever estas palavras confortadoras em 1865. Foram publicadas num calendário devocional em que “Lina Sandell” usou esta poesia e disse:

“É tolice tomar os fardos futuros sobre o presente momento. É nos dado somente um dia por vez, e para cada dia [recebemos] nova graça, novas forças, novo auxilio.”

Carolina Vilhelmina Sandell-Berg foi a primeira mulher sueca a se destacar como hinista. Nasceu em 1832, de uma família de posses e influência. Sua vida foi enriquecida por experiências artísticas, literárias e religiosas. Seu pai era pastor e líder espiritual.

Aos doze anos, Carolina teve uma experiência que mudou sua vida. Poucos anos antes, sofrera uma doença que a deixou paralítica. Toda a família cria que Deus fosse restaurá-la à saúde e orava assim, mesmo quando os médicos achavam seu caso sem esperança. Um domingo de manhã, quando os outros estavam no culto, Carolina abriu sua Bíblia à lição do dia. Era a história da filha de Jairo. Refletindo nas semelhanças daquele caso com o seu, raciocinou: “Se Cristo pôde curar aquela menina, da mesma forma pode curar a mim, também. ” Orou com todo o fervor e, de repente sentiu uma grande alegria inundar todo o ser. Levantou-se, vestiu-se e andou ! Esta experiência lhe encheu dum sentido profundo de amor e gratidão a Deus que nada pôde abalar.

Carolina começou então a escrever. Aos dezesseis anos, publicou um livrinho de meditações e poemas.

Aos 26 anos, Carolina presenciou o afogamento do seu pai quando, ao atravessarem juntos o Lago Vättern, um movimento brusco do barco o jogou para fora. Ao perder o pai terrestre, ela veio a compreender a profundidade do amor e cuidado do seu Pai Celestial.

“Lina Sandell”, como ela assinava suas poesias, casou-se com C. O. Berg em maio de 1867. Apesar de muitas tristezas a saúde precária, sempre transmitiu conforto e alegria aos que a cercavam.

A contribuição hinística de Carolina Sandell-Berg começou depois do falecimento dos seus pais. Até sua morte, em 1903, ela escreveu mais de 650 poesias, que refletiam o espírito e a expressão do reavivamento que se alastrou pelo norte da Europa durante sua vida. Sua obra é tão importante que ela é chamada “a Fanny Crosby das Suécia”.

Oscar Ahnfelt, chamado na Suécia de “0 Trovador Espiritual”, por ser um cantor extremamente popular no país, musicou a letra de Carolina, e publicou o hino na sua famosa coletânea Andelliga Sänger em 1872.

A melodia de Ahnfelt tomou seu nome da primeira frase da poesia de Carolina, BLOTT EM DAG. Tornando-se predileto, o hino “Dia a Dia” foi publicado em um crescente número de hinários, tanto na Suécia, como em outros países.

O compositor, Oscar Ahnfelt (1813-1882), porque seu pai era ministro da Igreja da Suécia, teve uma educação aprimorada e começou os estudos em teologia. Mais tarde, associou-se com Carl Olof Rosenius, o maior pregador leigo e líder do movimento pietista na metade do século XIX. Ahnfelt, que cantava e pregava, fez uma contribuição ainda maior à hinodia, compondo músicas para muitas das letras de Rosenius, Sandell-Berg, e outros escritores, Jenny Lid, famosa cantora mundialmente conhecida como “o rouxinol sueco”, financiou a publicação da primeira coletânea de Ahnfelt, em 1850. Onze edições do hinário seguiram, até que em 1877 havia 200 hinos, 143 das melodias sendo de Ahnfelt, a metade originais e outra, arranjos. Emigrantes da Suécia à América do Norte levaram estes hinos consigo e acharam neles uma fonte de força espiritual nas dificuldades de estabelecer-se no novo país.

Uma excelente tradução para o inglês foi feita pelo sueco-americano, Adrew L. Skoog (1856-1934), homem de muitas habilidades e vocações. Autodidata em música, Skoog serviu como organista, e mais tarde como regente e ministro de música em algumas igrejas no estado de Minnesota, EUA, Escreveu e compôs hinos e antemas, e editou sete hinários.

Bibliografia:

Sandell Berg, Carolina Wilhelmina (Lina Sandell), Korsblomman, in: Erickson, J. Irbing, Twice-Born Hymns, Chicago, H., Covenant Press, 1976, p. 26.

Reynolds, William J. Companion to Baptist Hymnal, Nashville, TN, 1976, p. 418.


Nenhum comentário:

Postar um comentário