Bendita Hora de Oração - Hinário Adventista do Sétimo Dia – Nr. 419

Bendita Hora de Oração

Hinário Adventista do Sétimo Dia


Letra: William W. Walford (1772-1850)

Título Original: Sweet Hour of Prayer

Música: William Batchelder Bradbury (1816-1868)

Texto Bíblico: Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. (Mateus 6:6)



1. Bendita hora de oração,

Pois traz-nos paz ao coração,

E vence o mal e toda a dor,

Trazendo auxílio do Senhor.

Em tempos maus, na provação,

Na dor maior, na tentação,

Irei buscar ao meu Senhor,

Com zelo, fé e mais fervor.

2. Bendita hora de oração,

De doce calma e devoção,

Que eleva ao Céu o seu odor

Em cheiro suave a meu Senhor.

E finda a hora de aflição,

Os dias maus, a tentação,

Então darei melhor louvor

A meu Jesus, a meu Senhor.

3. Bendita hora de oração,

Pois liga-nos em comunhão,

E traz-nos fé e mais amor,

Enchendo o mundo de dulçor.

Desejo a vida aqui findar

Com fé, amor, constante orar;

E lá no Céu, junto ao Senhor,

Será eterno meu louvor.



Veja a história deste hino


Este hino tem se tornado popular em todas as reuniões de oração que se fazem nas igrejas evangélicas. Suas palavras fazem-nos aproximar ainda mais do Senhor que é o Doador de toda a força e consolação no meio das aflições.

As suas palavras fazem-nos recordar que o Senhor Jesus também passou por experiências semelhantes às nossas e que recorreu, muitas vezes, a esse recurso extraodinário, que é a oração. Lemos que inúmeras vezes Ele se retirou do meio da multidão para um lugar à parte ou no deserto, para ali Se entregar à oração. (Mateus 14.23; 26.36; Marcos 1.35; 6.46; Lucas 6.12; 9.28).

E somos confortados quando nos lembramos de que o apóstolo Paulo nos exorta, dizendo: “Não andeis ansiosas de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições pela oração e pela súplica, com acções de graças” (Filipenses 4.6).

Mas o mais interessante neste hino é que foi ditado por um servo de Deus, um ministro do Evangelho, que era cego! – o Sr. William W. Walford, nascido na Inglaterra. Ele ditou as palavras ao seu colega, o Sr. Thomas Salmon, também pastor de uma Igreja Congregacional, no ano de 1842. Este mandou publicar a letra do hino num periódico, a 13 de Setembro de 1845.

Conta-se que o Sr. Walford era um homem que não possuia grande educação cultural mas que era muito inteligente, e possuia uma memória extraordinária. Diz-se, até, que quando pregava sempre escolhia bem os textos bíblicos e citava-os de cor com muita precisão.

Raramente errava na repetição dos Salmos ou nas citações de qualquer parte das Escrituras, quer do Velho quer do Novo Testamento. Conhecia tão bem os factos bíblicos que ganhou a fama de saber a Bíblia inteira de cor.

Com o decorrer dos tempos o hino foi traduzido em outras línguas e, em português temos, com algumas aterações, no “Aleluias”, a tradução de Dna. Sara P. Kalley; no “Cantor Cristão” (148), a do Sr. T. R. Teixeira e em “Hinos e Cânticos” (287).

A música, muito apropriada para as palavras, é de autoria do Sr. William B. Bradbury (1816-1868) que a compôs em 1859. O Sr. Bradbury tornou-se muito conhecido, também, como fabricante de pianos e outros instrumentos musicais.

O valor da oração não consiste em pedir, mas, sim, naquela sublime experiência que está ao alcance de qualquer alma – a comunhão com Deus. (Harry Emerson Fosdick)

Tenho sempre tanta coisa para fazer, mas só posso desobrigar-me dessas árduas tarefas após prolongado período de oração. (John Wesley)

Um cristão de joelhos vê mais que um filósofo na ponta dos pés (Toplady).

Fonte: Publicado originalmente em: http://www.refrigerio.net/hinos21.html

Pouco se sabe sobre o escritor das palavras deste cântico. Provavelmente o cântico não teria jamais se tornado tão popular como o é, se não tivesse a música de William B. Bradbury, grande hinologista, organista e diretor de coro do século dezenove.

Raramente um serviço de semana de oração se realiza nas igrejas, sem algum pensamento deste cântico; ou mesmo as palavras dele sejam cantadas. O escritor pinta o privilégio e valor da oração tão claramente que todo o povo de Deus responde um caloroso “amém” quando é ouvido este cântico.

W. W. Walford era um artífice que trabalhava com ossos (fazia pequenos artigos para crianças) porém, ganhava a vida esculpindo em marfim. A despeito de sua vida de adversidade e provações, podia-se notar nas palavras de seu cântico grande confiança em Seu Salvador.

Crê-se que o ministro congregacional, Rev. Thomas Salmon, um dos amigos mais íntimos de Walford, levou o poema ao “Observer” de Nova York, que o publicou em 1845. Apenas catorze anos mais tarde, entretanto, foi que William Bradbury encontrou uma cópia dele, musicou-o e publicou-o em seu “Cottage Melodies“.

W. W. Walford não era poeta. De fato, não era nem mesmo um homem perfeito. A razão porque ele mesmo não podia burilar o seu poema, e foi isolar-se na pequena cidade de Coleshill, Inglaterra, foi a sua cegueira – não podia nem ver para escrever!

Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical Adventista

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