Lindo És, Meu Mestre
Letra: Autor Desconhecido
Título Original: Schönster Herr Jesu
Música: Autor Desconhecido
Texto Bíblico: Tu és o mais formoso dos filhos dos homens; a graça se derramou nos teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre. (Salmo 45:2)
Observação: A letra foi escrita por jesuítas alemães no século 17, foi publicada no hinário Münster Gesangbuchem 1677 e traduzida para o Inglês por Joseph A. Seiss, em 1873, com o título Fairest Lord Jesus. A música é uma melodia tradicional Silesiana, conhecida como Hino dos Cruzados, do livro de cânticos Schlesische Volkslieder, de 1842; arranjada por Richard S. Willis, em 1850.
Acompanhe o hino no Youtube
1. Lindo és, meu Mestre,
Rei do Céu, da Terra!
Ó Homem-Deus, Senhor Jesus!
Teu é o reino, é Tua a honra,
És minha glória e minha luz.
Rei do Céu, da Terra!
Ó Homem-Deus, Senhor Jesus!
Teu é o reino, é Tua a honra,
És minha glória e minha luz.
2. Flores do campo, como sois tão lindas!
Sois o fulgor de prados mil!
Mais belo é Cristo, mais puro e lindo;
É sempre meigo, bom, gentil.
Sois o fulgor de prados mil!
Mais belo é Cristo, mais puro e lindo;
É sempre meigo, bom, gentil.
3. Lua brilhante! Sol, tão resplendente!
Quão divinal é vossa luz!
Mas há um brilho mais fulgurante:
O brilho do Senhor Jesus.
Quão divinal é vossa luz!
Mas há um brilho mais fulgurante:
O brilho do Senhor Jesus.
Veja a história deste hino
A Reforma devolveu aos crentes o precioso privilégio de cantar, na sua própria língua, salmos e hinos nos cultos Isso não quer dizer que não compunham e cantavam hinos antes, nos seus lares, nas suas festas, e em outras ocasiões . Da mesma maneira, os católicos tinham hinos e canções que eram os religiosos que cantavam, cada povo em seu próprio idioma, fora dos cultos. Muitos destes hinos e canções (alguns deles valiosos) foram colecionados e publicados, especialmente depois da invenção da imprensa de Gutenberg. Este é um dos mais lindos desses hinos, que felizmente veio até nós.
A história de como este hino de adoração e louvor ao nosso Salvador chegou a nós parece uma novela. Muitos acreditavam que fosse um hino das cruzadas, mas uma pesquisa cuidadosa e persistente descobriu a letra original alemã anônima, Schönster Herr Jesu (Senhor Jesus Mais Belo). Apareceu pela primeira vez no hinário Münster Gesangburch (Hinário Münster), em 1677, com uma outra melodia, embora se creia ter sido escrita uns 15 anos mais cedo. Três séculos mais tarde apareceu, com texto um pouco alterado, no distrito de Glaz, da Silésia (agora parte da Polônia). Recebera uma melodia tradicional daquele país. Hoffman Fallersleben ouviu esta versão pela primeira vez 1839, transcrevendo-a duma recitação oral. Publicou-a em sua coletânea Schlesische Volkslieder (Canções Folclóricas da Silésia), em 1842. Este é o hino que chegou até nós.
Outro nome muito usado para esta melodia é CRUSADER’S HYMN (Hino do Cruzado), oriundo da idéia errada de que ela seria do tempo das cruzadas. É interessante notar que o eminente compositor Franz Liszt usou esta melodia no seu oratório A Lenda de Santa Elizabeth.
Este arranjo é uma de duas importantes contribuições do compositor , escritor e critico Richard Storrs Willis, à hinodia americana em suas coletâneas, Church Choral (Coros para a Igreja) e Choir Studies (Estudos Corais) de 1850.
Richad Storrs Willis nasceu na histórica cidade de Boston, Estado de Massachussets, EUA. Bacharelou-se na célebre Faculdade Yale, em 1841. Passou seis anos na Alemanha estudando música com músicos de renome. Durante aquele tempo tornou-se amigo íntimo de Felix Mendelssohn, que muito se interessou em suas composições. Na sua volta aos Estados unidos, tornou-se crítico musical para alguns jornais importantes de Nova Iorque. De 1852 a 1864, editou três jornais e revistas de música. Depois de 1861, estabeleceu-se em Detroit , Estado de Michigan, mas passou quatro anos em Nice, na França, Willis publicou mais três coletâneas de músicas para coros sacros. Faleceu em Detroit, em 7 de maio de 1900.
Bibliografia: Braga, Henriqueta Rosa Fernandes, Música Sacra Evangélica no Brasil, Rio de janeiro, Livraria Kosmos Editora, 1961, p. 348
O texto original deste cântico alemão apareceu no “Münster Gesangbuch” em 1677. Ninguém sabe quem o traduziu, mas foi introduzido nas congregações inglesas pelo “Church Choral and Choir Studies” (Corais para Igreja e Estudos para Coro) de Richard Storrs Willis, em Nova York, em 1850.
A melodia “Crusader’s Hymn” (Hino dos Cruzados) foi arranjada em 1850 por Richard Storrs Willis de uma melodia folclórica Silesiana, a qual apareceu em uma coleção em 1842. No prefácio desta coleção, um dos editores, Dr. Hofmann diz:
“No verão de 1826 visitei um amigo em Westphalia. Ao aproximar-se a noite ouvi os homens que trabalhavam no feno cantando; procurei investigar; eles cantavam músicas folclóricas que me pareceram boas para serem colecionadas. Com este propósito, associei-me ao meu amigo, Richter, e repartimos o trabalho entre nós dois. Ele encarregou-se da parte musical e eu fiquei com o resto. A idade desta melodia não pode ser determinada. É cantada por todas as classes e idades, desde o pastor da montanha, ao menininho que balbucia na creche”. (Extraído de “Lyric Religion” pág. 85) (Com permissão de Fleming H. Revell Co).
Esta melodia, conhecida como “The Pilgrim’s Song” (Canção do Peregrino), foi usada por Franz Liszt em sua “The Legend of St. Elizabeth” (A lenda de Stª Izabel). Liszt pensava que ela datava do tempo das cruzadas, mas, não há prova disto. Há também semelhança desta melodia com melodias de outros compositores.
Este cântico tem se tornado cada vez mais popular em congregações de todas as idades, e isto com muito merecimento. Tem a simplicidade de uma música folclórica. Sua linha melódica é bela e graciosa. As palavras são diretas e cheias de louvor a Jesus.
F. Melius Christiansen tem usado outra tradução em excelente arranjo para coro, intitulado “Beautiful Savior” (Belo Salvador).
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical Adventista
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