Intemperança é pecado
47. Ninguém que professe piedade considere com indiferença a saúde do corpo, iludindo-se com o pensamento de que a intemperança não é pecado e não afeta a espiritualidade. Existe íntima correspondência entre a natureza física e a natureza moral.—The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881; Conselhos Sobre Saúde, 67. 48. Quanto a nossos primeiros pais, o desejo imoderado trouxe em resultado a perda do Éden. A temperança em todas as coisas tem mais que ver com nossa restauração no Éden, do que os homens o imaginam.— A Ciência do Bom Viver, 129 (1905). 49. A transgressão da lei física é transgressão da lei de Deus. Nosso Criador é Jesus Cristo. Ele é o autor de nosso ser. Criou a estrutura humana. É o autor das leis físicas, assim como da lei moral. E o ser humano que se descuida, que descura dos hábitos e práticas atinentes a sua saúde e vida física, peca contra Deus. Muitos que professam amar a Jesus Cristo não mostram a devida reverência e respeito por Aquele que deu Sua vida para salvá-los da morte eterna. O Senhor não é reverenciado, nem respeitado, nem reconhecido. Isto é evidente pelo dano causado a seus próprios corpos em violação das leis de seu ser. — Manuscrito 49, 1897. 50. A contínua transgressão das leis da Natureza é uma contínua transgressão da lei de Deus. O atual peso de sofrimento e angústia que vemos por toda parte, a atual deformidade, decrepitude, doenças e imbecilidade que agora inundam o mundo, tornam-no, em comparação com o que poderia ser e Deus designou que fosse, um hospital; e a geração atual é débil quanto ao poder mental, moral e físico. Toda esta miséria tem-se acumulado geração após geração, porque o homem caído transgride a lei de Deus. Pecados da maior magni- [44] tude são cometidos pela condescendência com o apetite pervertido. — Mente, Caráter e Personalidade 416. 42 51. Excessiva tolerância no comer, no beber, no dormir ou contemplar, é pecado. A ação saudável e harmoniosa de todas as faculdades do corpo e da mente resultam em felicidade; e quanto mais elevadas e refinadas as faculdades, mais pura e perfeita a felicidade. — Testimonies for the Church 4:417 (1880). [Deus anota o pecado da condescendência—246]
Quando a santificação é impossível
52. Grande parte de todas as enfermidades que afligem a família humana, resulta de seus próprios hábitos errôneos, em virtude de sua voluntária ignorância ou do menosprezo pela luz que Deus tem dado em relação às leis do seu ser. Não nos é possível glorificar a Deus enquanto vivemos em violação das leis da vida. Não é possível ao coração manter-se consagrado a Deus enquanto se tolera a concupiscência do apetite. Um corpo enfermo e um intelecto desordenado em virtude de contínua tolerância para com a ruinosa concupiscência, torna impossível a santificação do corpo e do espírito. O apóstolo compreendia a importância das condições saudáveis do corpo para a bem-sucedida perfeição do caráter cristão. Diz ele: “Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” Ele menciona os frutos do espírito, entre os quais está a temperança. “Os que são de Cristo crucificaram a carne com os seus vícios.”—The Health Reformer, Março 1878. [Impossibilidade de alcançar a perfeição cristã enquanto se está dando guarida ao apetite— 356]
Ignorância voluntária agrava o pecado
53. É um dever saber como preservar o corpo na melhor condição de saúde, e é dever sagrado viver à altura da luz que Deus graciosamente tem dado. Se fecharmos os olhos à luz pelo temor de ver os erros que não desejamos abandonar, nossos pecados não são por isto amenizados, mas agravados. Se a luz é evitada num caso, [45] será desconsiderada noutro. Tão pecado é violar as leis de nosso ser, como quebrar um dos Dez Mandamentos, pois não podemos num caso como no outro deixar de quebrantar a lei de Deus. Não podemos amar o Senhor de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento e com todas as nossas forças enquanto estivermos amando nosso apetite, nossos gostos, mais do que amamos o Senhor. Estamos diariamente reduzindo nossa força para glorificar a Deus, quando é certo que Ele reclama toda a nossa força, todo o nosso entendimento. Mediante nossos hábitos errôneos estamos debilitando o sustentáculo de nossa vida, e no entanto professando ser seguidores de Cristo, preparando-nos para o toque final da imortalidade. Meu irmão e minha irmã, tendes uma obra a fazer que ninguém pode fazer por vós. Despertai de vossa letargia, e Cristo vos dará vida. Mudai vosso modo de viver, de comer e de beber, e vosso sistema de trabalho. Enquanto continuardes no caminho que tendes seguido por anos, não podereis discernir com clareza coisas eternas e sagradas. Vossas sensibilidades estão embotadas, e vosso intelecto obscurecido. Não tendes estado a crescer em graça e no conhecimento da verdade como é vosso privilégio. Não tendes crescido em espírito, mas aumentado em trevas.—Testimonies for the Church 2:70, 71 (1868). 54. O homem foi o ato que coroou a criação de Deus, feito à imagem de Deus e destinado a ser uma réplica de Deus. ... O homem é muito caro a Deus, pois foi formado segundo a Sua imagem. Este fato deve impressionar-nos com a importância de ensinar por preceito e exemplo o pecado de macular, por condescendência para com o apetite ou por qualquer outro pecado, o corpo que é destinado a representar Deus ao mundo. — The Review and Herald, 18 de Junho de 1895.[A lei natural proclamada distintamente—97]
Efeitos mentais da desobediência a leis físicas
55. Deus requer de Seu povo crescimento progressivo. Devemos aprender que condescender com o apetite constitui o maior embaraço ao cultivo do espírito e à santificação da alma. Apesar de sua adesão à reforma de saúde, muitos seguem regime impróprio. — Testimonies [46] for the Church 9:156 (1909); Testemunhos Selectos 3:356. 56. Não devemos preparar para o sábado mais liberal provisão de alimento, nem maior variedade que nos outros dias. Em lugar disto, a comida deve ser mais simples, e menos se deve comer, a fim de a mente estar mais clara e vigorosa para compreender as coisas espirituais. Um estômago abarrotado quer dizer um cérebro pesado. As mais preciosas palavras podem ser ouvidas e não apreciadas devido à mente estar confusa por uma alimentação imprópria. Comendo demais no sábado, muita gente faz mais do que julga para se tornar incapaz de receber o benefício de suas sagradas oportunidades.—A Ciência do Bom Viver, 307 (1905). 57. Tem-se-me mostrado que algumas de nossas reuniões campais estão longe de ser o que Deus deseja que sejam. O povo vem despreparado para a visitação do Espírito Santo de Deus. Geralmente as irmãs devotam considerável tempo antes da ocasião no preparo de vestidos para o adorno exterior, enquanto esquecem inteiramente o adorno interior, que é de grande valor à vista de Deus. Também é gasto muito tempo em culinária desnecessária, na preparação de ricas tortas e bolos e outros artigos de alimentação que fazem positivo dano aos que deles participam. Preparassem nossas irmãs bom pão e algumas outras espécies de alimentos saudáveis, e tanto elas como suas famílias estariam melhor preparadas para apreciar as palavras de vida, e muito mais susceptíveis à influência do Espírito Santo. Muitas vezes é o estômago sobrecarregado com alimentos que raramente é tão singelo e simples como o ingerido no lar, onde a quantidade de exercício feita é dupla ou tripla. Isto leva a mente a ficar em tal letargia que é difícil apreciar as coisas eternas; e as reuniões terminam e eles ficam desapontados por não haverem desfrutado mais do Espírito de Deus. ... Seja a preparação de comidas e de vestidos questão secundária, mas comece no lar o exame profundo do coração.—Testimonies for the Church 5:162-164 (1882). [A condescendência para com o apetite impede de se compreender a verdade presente—72] [A condescendência para com o apetite paralisa os sentidos— 227] [A condescendência para com o apetite produz apatia cerebral — 209, 226] [A condescendência para com o apetite desqualifica a pessoa para expor planos e conselhos—71] [47] [A condescendência para com o apetite debilita as faculdades mentais, espirituais e físicas dos filhos—345] [Dormindo sob as inflamantes verdades da Palavra —222] [Vigor mental e moral aumentado por regime de abstinência — 85, 117, 206] [Efeitos do alimento cárneo sobre o vigor mental — 678, 680, 682, 686] [Mais acerca de regime dietético nas reuniões campais—124]
Efeitos sobre apreciação da verdade
58. Necessitais de mente clara, enérgica, a fim de apreciar o exaltado caráter da verdade, apreciar a expiação, e dar a devida estimativa às coisas eternas. Se seguis uma errônea direção e condescendeis com errados hábitos no regime alimentar, enfraquecendo assim as energias mentais, não dareis à salvação e à vida eterna aquele alto apreço que vos inspirará a pôr a vida em conformidade com a vida de Cristo; não fareis, para obter inteira conformidade com a vontade de Deus, aqueles diligentes, abnegados esforços que são requeridos por Sua Palavra, e necessários para dar-vos o preparo moral para o último toque da imortalidade.—Testimonies for the Church 2:66 (1868); Testemunhos Selectos 1:197. 59. Mesmo sendo estritos na qualidade do alimento que tomais, glorificais a Deus em vosso corpo e em vosso espírito — os quais Lhe pertencem — ao ingerir tal quantidade de alimentos? Os que sobrecarregam o estômago com tanto alimento, e assim pressionam a Natureza, não podem apreciar a verdade que deviam ouvir e considerar. Não podem despertar as sensibilidades entorpecidas do cérebro para aquilatar o valor da expiação, e o grande sacrifício feito em favor do homem caído. É importante que tais pessoas apreciem as grandes, preciosas e excelentes riquezas em reserva para os fiéis vencedores. A parte animal de nossa natureza jamais deve ser deixada a governar a parte moral e a intelectual. — Testimonies for the Church 2:364 (1870). 60. Alguns estão sendo tolerantes para com o desejo carnal, o qual guerreia contra a alma, e é um constante obstáculo ao seu progresso espiritual. Levam eles consigo sempre uma consciência acusadora, e ao falar-se a verdade com franqueza, ofendem-se. [48] Condenam-se a si mesmos, e entendem que o assunto foi propositadamente escolhido para ferir o seu caso. Sentem-se ofendidos e atingidos, afastando-se das assembléias dos santos. Deixam de reunir-se para que assim procedendo não sintam a consciência perturbada. Perdem logo o interesse nas reuniões e o amor pela verdade, e, a menos que se modifiquem por completo, voltarão atrás e assumirão seu lugar com a hoste rebelde, que se coloca sob a bandeira negra de Satanás. Se esses crucificarem as concupiscências carnais que combatem contra a alma, ficarão fora do caminho, onde as setas da verdade passarão sem feri-los. Mas enquanto condescenderem com o concupiscente apetite, e assim acariciarem os seus ídolos, far-se-ão alvos para as setas da verdade, e se a verdade é de alguma forma proferida, tem de ofendê-los. ... O uso de estimulantes antinaturais é danoso à saúde, e tem influência obscurecedora sobre o cérebro, tornando-lhe impossível apreciar coisas eternas. Os que acariciam esses ídolos não podem retamente avaliar a salvação que Cristo operou por eles mediante uma vida de abnegação, de constante sofrimento e vexame, entregando finalmente Sua própria vida sem pecado para salvar da morte iminente o homem.— Testimonies for the Church 1:548, 549 (1867). 61. Manteiga e carne são estimulantes. Isto tem danificado o estômago e pervertido o gosto. Os nervos sensitivos do cérebro são insensibilizados, e o apetite animal fortalecido às expensas das faculdades morais e intelectuais. Essas elevadas faculdades, de função controladora, têm sido enfraquecidas, de maneira que as coisas eternas não têm sido discernidas. A paralisia tem entorpecido o que é espiritual e devocional. Satanás tem triunfado por ver quão facilmente pode ele vencer pelo apetite e controlar homens e mulheres de inteligência, destinados pelo Criador para fazer uma boa e grande obra.—Testimonies for the Church 2:486 (1870). [Impossível a homens intemperantes avaliar a expiação — 119] [A intemperança não pode ser susceptível à santificadora influência da verdade—780]
Efeitos sobre o discernimento e a decisão
62. Tudo que nos diminui a força física, enfraquece a mente e a torna menos capaz de discernir entre o bem e o mal. Ficamos menos [49] aptos para escolher o bem, e temos menos força de vontade para fazer aquilo que sabemos ser justo. O mau uso de nossas forças físicas abrevia o período de tempo em que nossa vida pode ser usada para a glória de Deus. E nos incapacita para cumprir a obra que Deus nos deu para fazer. — Parábolas de Jesus, 346 (1900). 63. Aqueles que, tendo tido luz sobre a questão de comer e vestirse com simplicidade, em obediência a leis morais e físicas, ainda deixam a luz que lhes indica o dever, fugirão ao seu dever em outras coisas. Por fugirem à cruz que deviam assumir a fim de estar em harmonia com a lei natural, maculam a consciência; e, para evitar descrédito, violarão os Dez Mandamentos. Há da parte de alguns decidida indisposição em suportar a cruz desprezando a afronta. — Christian Temperance and Bible Hygiene, 159 (1890). 64. Os que acarretam enfermidade sobre si por satisfazerem ao apetite, não têm corpo e mente saudáveis. Não podem pesar as evidências da verdade nem compreender os reclamos de Deus. Nosso Salvador não estenderá tão baixo o Seu braço para erguê-los de seu degradante estado, enquanto persistirem em prosseguir num caminho que os conduzirá cada vez mais baixo. De todos se requer que façam o que puderem para preservar sadio o corpo e saudável a mente. Se satisfizerem ao vulgar apetite, obliterando assim suas sensibilidades e entorpecendo suas faculdades perceptivas, de maneira que não possam apreciar o exaltado caráter de Deus, ou deleitar-se no estudo de Sua Palavra, podem estar certos de que Deus não aceitará sua oferta indigna mais depressa do que aceitou a de Caim. Deus reclama deles que se purifiquem de toda impureza da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor do Senhor. Depois de haver o homem feito tudo em seu poder para garantir a saúde, recusando satisfazer ao apetite e a paixões grosseiras, a fim de possuir mente saudável e imaginação santificada, para que possa fazer a Deus uma oferta em justiça, está então salvo somente pelo milagre da graça de Deus, como a arca esteve salva sobre os vagalhões da tormenta. Noé havia feito tudo que Deus dele requerera ao preparar a arca; então Deus fez aquilo que [50] o homem não podia fazer, e preservou a arca pelo Seu miraculoso poder. —Spiritual Gifts 4:148, 149 (1864). 65. O abuso do estômago mediante satisfação do apetite, eis uma pródiga fonte da maioria das provas disciplinares na igreja. Os que comem e trabalham com intemperança e irracionalidade, falam e agem irracionalmente. Um homem intemperante não pode ser um homem paciente. Não é necessário ingerir bebidas alcoólicas para ser intemperante. O pecado do comer intemperante, do comer com demasiada freqüência, do comer demais e alimentos ricos e não saudáveis, destrói a saudável ação dos órgãos digestivos, afeta o cérebro, perverte o juízo, impedindo o pensamento e a ação racionais, calmos, saudáveis. E esta é uma produtiva fonte de provas disciplinares na igreja. Portanto, para que o povo de Deus esteja numa situação aceitável com Ele, que lhe permita glorificá-Lo no corpo e no espírito, que Lhe pertencem, precisa com interesse e zelo negar a satisfação de seus apetites, exercendo temperança em todas as coisas. Então pode ele compreender a verdade em sua beleza e pureza, e manifestá-la em sua vida, e mediante uma conduta sábia, judiciosa, correta, evitar de dar aos inimigos de nossa fé qualquer ocasião para desacreditar a causa da verdade. — Testimonies for the Church 1:618, 619 (1867). 66. Irmão e irmã G, despertai, eu vos rogo. Não haveis recebido a luz da reforma de saúde e agido com base nela. Se houvésseis restringido o vosso apetite, ter-vos-íeis poupado muito trabalho e despesas extras; e o que é de conseqüência ainda mais vasta, teríeis mantido em reserva para vós mesmos melhor condição de saúde física, e maior grau de força intelectual para apreciar verdades eternas; teríeis cérebro mais claro para pesar as evidências da verdade, e estaríeis melhor preparados para dar a outros a razão da esperança que há em vós.— Testimonies for the Church 2:404 (1870). 67. Alguns têm escarnecido desta obra de reforma, dizendo que era desnecessária, que era um excitamento destinado a desviar o espírito da verdade presente. Têm eles dito que o assunto tem sido levado a extremos. Não sabem a respeito do que estão falando. En- [51] quanto homens e mulheres que professam piedade estão enfermos do alto da cabeça à planta dos pés, enquanto suas energias físicas, mentais e morais estão debilitadas pela satisfação do apetite depravado, e o trabalho excessivo, como podem eles pesar as evidências da verdade e compreender os reclamos de Deus? Se suas faculdades morais e intelectuais estão obscurecidas, não podem eles apreciar o valor da expiação ou o exaltado caráter da obra de Deus, nem deleitar-se no estudo de Sua Palavra. Como pode um dispépticonervoso estar sempre pronto a dar uma resposta a cada pessoa que lhe pergunte a razão da fé que nele há, com temor e mansidão? Quão depressa ele ficaria confuso e agitado; e por sua imaginação enferma seria levado a ver a questão em pauta sob uma luz errônea, e pela falta daquela mansidão e tranqüilidade que caracterizaram a vida de Cristo, não seria levado a desonrar sua crença quando contendendo com homens irrazoáveis? Considerando a matéria de um elevado ponto de vista religioso, precisamos ser integrais reformadores para ser semelhantes a Cristo. Vi que nosso Pai celestial nos concedeu a grande bênção da luz sobre a reforma de saúde, para que possamos atender aos reclamos que Ele tem sobre nós, e glorificá-Lo em nosso corpo e espírito, os quais Lhe pertencem, e finalmente estar sem mancha diante do trono de Deus. Nossa fé requer de nós que elevemos a norma e avancemos. Enquanto muitos põem em dúvida a conduta de outros reformadores de saúde, como homens razoáveis deviam fazer alguma coisa por si mesmos. Nossa raça está em deplorável condição, sofrendo toda sorte de enfermidades. Muitos herdaram doenças e são grandes sofredores em virtude de hábitos errôneos de seus pais; e no entanto seguem em relação a si mesmos e a seus filhos, o mesmo errôneo caminho que seus pais seguiram para com eles. São ignorantes no que respeita a si mesmos. São enfermos, e não sabem que seus próprios hábitos errôneos lhes causam imenso sofrimento. Poucos há, entretanto, que são suficientemente despertos para compreender quanto de seus hábitos dietéticos tem a ver com sua [52] saúde, seu caráter, sua utilidade neste mundo, e seu destino eterno. Vi que é dever dos que têm recebido a luz do Céu, e têm experimentado os benefícios de nela andar, demonstrar maior interesse pelos que estão ainda sofrendo por falta de conhecimento. Os guardadores do sábado que estão à espera do breve aparecimento do seu Salvador, devem ser os últimos a manifestar falta de interesse nesta grande obra de reforma. Homens e mulheres devem ser instruídos, e pastores e povo devem sentir o fardo da obra que sobre eles repousa, de agitar o assunto, e com veemência levá-lo a outros. — Testimonies for the Church 1:487-489 (1867). 68. Hábitos físicos têm muito que ver com o sucesso de cada indivíduo. Quanto mais cuidadoso fordes em vosso regime, quanto mais simples e não estimulante o alimento que sustenta o corpo em sua harmoniosa ação, mais clara será vossa concepção do dever. Há necessidade de fazer-se cuidadosa revisão de cada hábito, de cada prática, visto a possibilidade de uma condição mórbida do corpo lançar uma nuvem sobre tudo.— Carta 93, 1898. 69. Nossa saúde física é mantida pelo que comemos; se nosso apetite não está sob o controle de uma mente santificada, se não somos temperantes em tudo que comemos e bebemos, não estaremos num estado saudável físico e mental para estudar a Palavra com o propósito de aprender o que diz a Escritura: “Que farei para herdar a vida eterna?” Qualquer hábito não saudável produzirá no organismo uma condição não saudável, e a maquinaria viva, delicada, do estômago, será prejudicada, e não estará em condições de fazer o seu trabalho devidamente. O regime tem muito que ver com a disposição de entrar em tentação e cometer pecado.—Manuscrito 129, 1901. 70. Se o Salvador dos homens, com Sua força divina, sentia a necessidade de oração, quanto mais deviam os fracos mortais, pecadores, sentir a necessidade de oração—oração fervorosa, constante! Quando Cristo Se via mais tenazmente assaltado pela tentação, não comia nada. Confiava-Se a Deus, e mediante fervorosa oração e perfeita submissão à vontade de Seu Pai, saía vencedor. Os que professam a verdade para estes últimos dias, acima de todas as ou- [53] tras classes de professos cristãos, devem imitar o grande Modelo na oração. “Basta ao discípulo ser como seu Mestre, e ao servo como seu senhor.” Mateus 10:25. Nossas mesas acham-se freqüentemente cobertas de iguarias que nem são saudáveis nem necessárias, porque amamos mais estas coisas do que a abnegação, o estar livres de doenças e ter mente sã. Jesus buscava diligentemente força de Seu Pai. Isto, o divino Filho de Deus considerava de maior valor, mesmo para Si, do que sentar-Se à mesa mais rica e variada. Ele nos deu provas de que a oração é essencial a fim de receber forças para lutar contra os poderes das trevas, e realizar a obra que nos foi designada. Nossa própria força é fraqueza, mas a que Deus dá é poder e fará a todo o que a recebe mais que vencedor. — Testimonies for the Church 2:202, 203 (1869). [Satisfação ao apetite desequilibra a mente—237] [Satisfação ao apetite embota a consciência—72]
Efeito sobre influência e prestatividade
71. Que lástima é que muitas vezes, precisamente quando maior desprendimento devia ser exercido, o estômago está carregado de um volume de alimentos inadequados, que ali permanece em decomposição. O mal-estar do estômago afeta o cérebro. O comedor imprudente não compreende que se está desqualificando para dar conselho sábio, desqualificando-se para estabelecer planos para o melhor funcionamento da obra de Deus. Mas isto é assim. Ele não pode discernir coisas espirituais, e em reuniões conciliares, quando devia dizer, sim, de acordo, diz não. Apresenta propostas que estão além do admissível. O alimento que ingeriu obscureceu-lhe as faculdades cerebrais. A tolerância pessoal impede o instrumento humano de testemunhar da verdade. A gratidão que demonstramos a Deus por Suas bênçãos é grandemente afetada pelo alimento posto no estômago. A condescendência em matéria de apetite é causa de dissensão, atritos, discórdia e muitos outros males. Palavras impacientes são proferidas e atitudes inamistosas adotadas, práticas desonestas seguidas e paixões manifestadas, tudo por causa dos nervos do cérebro que são afetados pelos abusos acumulados sobre o estômago. — Manuscrito [54] 93, 1901. 72. Não é possível impressionar alguns com a necessidade de comer e beber para glória de Deus. A condescendência com o apetite afeta-os em todas as relações da vida. Isto se vê em sua família, em sua igreja, nas reuniões de oração e na conduta dos seus filhos. Isto tem sido a maldição de sua vida. Não conseguireis fazê-los entender as verdades para estes últimos dias. Deus prodigamente proveu sustento e felicidade para todas as Suas criaturas; e se Suas leis nunca fossem violadas, e todos agissem em harmonia com a divina vontade, em lugar de infelicidade e males contínuos ver-seiam saúde, paz, felicidade. — Testimonies for the Church 2:368 (1870). 73. O Redentor do mundo sabia que a condescendência com o apetite traria debilidade física, adormecendo órgãos perceptivos de maneira que se não discerniriam as coisas sagradas e eternas. Cristo sabia que o mundo estava entregue à glutonaria, e que isto perverteria as faculdades morais. Se a condescendência com o apetite era tão forte sobre a raça humana que, para derribar-lhe o poder, foi exigido do divino Filho de Deus que jejuasse por cerca de seis semanas, em favor do homem, que obra se acha diante do cristão a fim de ele poder vencer da maneira por que Cristo venceu! A força da tentação para satisfazer o apetite pervertido só pode ser avaliada em face da inexprimível agonia de Cristo naquele prolongado jejum no deserto. Cristo sabia que, para com êxito levar avante o plano da salvação, precisava começar a obra redentora do homem exatamente onde começara a ruína. Adão caiu pela condescendência com o apetite. Para que no homem ficassem gravadas suas obrigações quanto a obedecer à lei de Deus, Cristo começou Sua obra de redenção reformando os hábitos físicos do próprio homem. O declínio da virtude e a degeneração da raça são principalmente atribuíveis à satisfação do apetite pervertido.
Responsabilidades especiais e tentações dos pastores
Pesa sobre todos e em especial sobre os pastores que ensinam a verdade, solene responsabilidade de vencerem o apetite. Muito [55] maior seria sua utilidade, caso controlassem os apetites e paixões; e mais vigorosas seriam suas faculdades mentais e energias morais se aliassem o trabalho físico ao exercício mental. Tendo hábitos estritamente temperantes, e com a combinação do trabalho muscular e da mente, poderiam realizar soma incomparavelmente maior de labor, conservando a clareza mental. Seguissem eles essa direção, e seus pensamentos e palavras fluiriam mais livremente, haveria mais energia em suas práticas religiosas, e mais assinaladas seriam as impressões causadas por eles em seus ouvintes. A intemperança no comer, mesmo de comida saudável, exercerá debilitante influência sobre o organismo, embotando as mais vivas e santas emoções.— Testimonies for the Church 3:486, 487 (1875). 74. Algumas pessoas trazem para as reuniões campais alimentos inteiramente impróprios para tais ocasiões, bolos finos e tortas, e uma variedade de pratos que perturbariam a digestão de um trabalhador sadio. Claro está que o melhor é considerado nada bom para o pastor. Então o povo leva essas coisas à mesa dele, ou convida-o para a sua mesa. Desta maneira os pastores são tentados a comer demais, e alimento prejudicial. Daí não apenas é sua eficiência diminuída na reunião campal, mas muitos se tornam dispépticos. O pastor deve declinar desta bem-intencionada porém inadvertida hospitalidade, mesmo com o risco de parecer descortês. E o povo devia possuir mais realística bondade para não submetê-lo a tal alternativa. Erram quando tentam o pastor com alimento inadequado. Preciosos talentos têm-se perdido para a causa de Deus; e muitos, ainda em vida, são privados de metade do vigor e força de suas faculdades. Os pastores, mais que quaisquer outros, devem economizar a força do cérebro e dos nervos. Devem evitar todo alimento ou bebida cuja tendência seja irritar ou excitar os nervos. O excitamento será seguido pela depressão; excessiva tolerância anuviará a mente e tornará confuso e difícil o pensamento. Ninguém pode tornar-se bem-sucedido obreiro nas coisas espirituais enquanto não observar estrita temperança nos hábitos dietéticos. Deus não pode deixar que Seu Espírito Santo repouse sobre os que, embora [56] sabendo o que devem comer para ter saúde, persistem numa conduta que enfraquecerá o corpo e a mente.—Manuscrito 88.
“Fazei tudo para glória de Deus”
75. Por inspiração do Espírito de Deus, Paulo, o apóstolo, escreve que “tudo que fizerdes”, mesmo o ato natural de comer ou beber, deve ser feito, não para satisfazer ao apetite pervertido, mas sob o senso da responsabilidade de fazer “tudo para glória de Deus”. Cada parte do homem deve ser guardada; devemos estar atentos, não suceda que o que levamos para o estômago expulse da mente pensamentos altos e santos. Não tenho o direito de fazer o que desejo? perguntam alguns, como se estivéssemos procurando priválos de um grande bem, quando lhes apresentamos a necessidade de comer com inteligência, conformando todos os seus hábitos com as leis que Deus estabeleceu. Há direitos que pertencem a cada indivíduo. Temos uma individualidade e uma identidade que é nossa própria. Ninguém pode submergir sua identidade na de outrem. Todos precisam agir por si mesmos, de acordo com os ditames de sua própria consciência. Como lembrança do que seja a nossa responsabilidade e influência, somos responsáveis diante de Deus como derivando dEle a nossa vida. Isto não obtemos da humanidade, mas de Deus unicamente. Somos Seus pela criação e pela redenção. Nosso próprio corpo não é nosso, para que o tratemos como desejamos, para que o danifiquemos com hábitos que levam à decadência, tornando impossível render a Deus perfeito serviço. Nossa vida e todas as nossas faculdades Lhe pertencem. Ele cuida de nós todo o momento; conserva em ação a maquinaria viva; se fôssemos deixados a nossa própria sorte por um momento, morreríamos. Somos totalmente dependentes de Deus. Grande lição é aprendida quando compreendemos nossa relação para com Deus e a de Deus para conosco. As palavras: “Não sois de vós mesmos, pois fostes comprados por preço”, devem estar penduradas na parede da sala da memória, a fim de podermos sempre reconhecer o direito de Deus sobre nossos talentos, nossas posses, nossa influência, nosso eu individual. Devemos aprender como tratar este dom de Deus, na mente, na alma e no corpo, para que como propriedade adquirida por Cristo, possamos render-Lhe serviço agradável.— Special Testimonies, Série A, 9:58 (1896). [57] 76. Vossa vereda foi iluminada com relação à reforma de saúde, e ao dever que repousa sobre o povo de Deus, nestes últimos dias, de exercer temperança em tudo. Vi que vos encontráveis entre aqueles que ficariam para trás quanto a ver luz, e a corrigir vossa maneira de comer, beber e trabalhar. À medida que a luz da verdade for aceita e seguida, operará inteira reforma na vida e no caráter de todos os que forem santificados por ela. — Testimonies for the Church 2:60 (1868); Testemunhos Selectos 1:194.
Relação para com a vida vitoriosa
77. No comer, no beber e no vestir, todos temos uma direta contribuição para com o nosso progresso espiritual. — The Youth’s Instructor, 31 de Maio de 1894. 78. Muitos dos artigos de alimentação livremente comidos pelos pagãos que os rodeavam, eram proibidos aos israelitas. Não era que fosse feita nenhuma distinção arbitrária. As coisas proibidas eram nocivas. E o fato de serem declaradas imundas ensinava a lição de que as comidas prejudiciais são contaminadoras. Aquilo que corrompe o corpo tende a contaminar a alma. Incapacita o que o usa para a comunhão com Deus, torna-o inapto para serviço elevado e santo.— A Ciência do Bom Viver, 280 (1905). 79. O Espírito de Deus não pode vir em nosso auxílio, e assistirnos no aperfeiçoamento do caráter cristão, enquanto estivermos sendo condescendentes para com o apetite em prejuízo da saúde, e enquanto o orgulho da vida domina. — The Health Reformer, Setembro 1871. 80. Todos os que são participantes da natureza divina escaparão à corrupção que pela concupiscência há no mundo. É impossível aos que pactuam com o apetite alcançar a perfeição cristã.—Testimonies for the Church 2:400 (1870). 81. Isto é verdadeira santificação. Não é meramente uma teoria, uma emoção ou uma forma de expressão, mas um princípio vivo, ativo, permeando a vida diariamente. Requer que nossos hábitos no comer, beber e vestir sejam de tal modo asseguradores da saúde [58] física, mental e moral que possamos apresentar nossos corpos ao Senhor, não como uma oferta corrompida por maus hábitos, mas “como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”.—The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881. [Para contexto ver 254] 82. Nossos hábitos no comer e no beber mostram se somos do mundo ou se estamos entre aqueles a quem o Senhor com Sua poderosa cunha da verdade separou do mundo.—Testimonies for the Church 6:372 (1900). 83. É a intemperança no comer que torna precária a saúde de tantos, roubando a Deus a glória que Lhe é devida. Por deixarem de negar-se a si mesmos, muitos dentre o povo de Deus são incapazes de atingir a elevada norma de espiritualidade que Ele colocou diante deles, e embora se arrependam e se convertam, toda a eternidade testificará da perda sofrida por se haverem rendido ao egoísmo. — Carta 135, 1902. 84. Quantos se privam das bênçãos mais preciosas que Deus tem em depósito para eles, seja em saúde, seja em dons espirituais! Há muitas almas que reclamam vitórias e bênçãos especiais para que possam fazer alguma coisa apreciável. Para este fim estão sempre sentindo que lhes é necessário empenhar-se numa exaustiva luta com orações e lágrimas. Quando tais pessoas esquadrinharem as Escrituras com espírito de oração para conhecer a vontade divina e pô-la em prática de todo o coração, sem reserva alguma nem tolerância de qualquer espécie, encontrarão descanso. Todas as agonias, lágrimas e lutas não lhes produzirão a bênção que anelam. O eu precisa ser totalmente renunciado. Devem fazer a obra que se lhes apresenta, recebendo a plenitude da graça de Deus, que é prometida a todos os que a pedem com fé. “Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me.” Lucas 9:23. Sigamos o Salvador em Sua simplicidade e renúncia. O Homem do Calvário seja por nós enaltecido pela palavra e por vida santa. O Salvador chega muito perto dos que se consagram a Deus. Se já houve um tempo em que mais necessitássemos da operação do Espírito Santo no coração e vida, esse tempo é o presente. Asseguremo-nos este poder divino para termos a força de viver uma vida de santidade e renúncia. — Testemunhos Selectos 3:365 (1909). [59] 85. Como nossos primeiros pais perderam o Éden em conseqüência do apetite, nossa única esperança de o reconquistar é por meio da firme negação do apetite e da paixão. A abstinência no regime alimentar e o controle de todas as paixões, preservarão o intelecto e darão vigor mental e moral, habilitando o homem a sujeitar todas as suas inclinações ao domínio das faculdades mais elevadas, e a discernir entre o direito e o torto, o sagrado e o comum. Todos quantos têm o verdadeiro senso do sacrifício feito por Cristo em deixar Seu lar no Céu para vir a este mundo a fim de, pela Sua vida, mostrar ao homem como poderia resistir à tentação, alegremente renunciarão ao próprio eu, preferindo ser participantes dos sofrimentos de Cristo. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Os que vencem como Cristo venceu, precisam guardar-se continuamente contra as tentações de Satanás. O apetite e as paixões devem ser restringidos e postos em sujeição ao domínio de uma consciência esclarecida, para que o intelecto seja equilibrado, claras as faculdades de percepção, de maneira que as manobras do inimigo e seus ardis não sejam considerados como a providência de Deus. Muitos desejam a recompensa final e a vitória concedidas aos vencedores, mas não estão dispostos a suportar fadiga, privação e renúncia ao próprio eu, como fez o Redentor. E unicamente por meio da obediência e de contínuo esforço que havemos de vencer como Cristo venceu. A força dominante do apetite demonstrar-se-á a ruína de milhares quando, se houvessem triunfado nesse ponto, teriam tido força moral para ganhar a vitória sobre qualquer outra tentação de Satanás. Os que são escravos do apetite, no entanto, deixarão de aperfeiçoar o caráter cristão. A incessante transgressão do homem através de seis mil anos, tem trazido em resultado doença, dor e morte. E, à medida que nos aproximamos do fim do tempo, a tentação do inimigo para ceder ao apetite será mais poderosa e difícil de vencer. — Testimonies for the Church 3:491, 492 (1875). 86. O que se apega à luz que Deus lhe deu sobre a reforma de saúde, tem um importante auxílio na obra de santificar-se pela verdade e estar habilitado para a imortalidade.—Christian Temperance [60] and Bible Hygiene, 10; Conselhos Sobre Saúde, 22 (1890). [Relação do regime simples para com o discernimento espiritual — 119] [Falta de controle do apetite enfraquece a resistência à tentação — 237] [Muros do domínio próprio não devem ser derribados—260] [Alimento cárneo um obstáculo ao progresso espiritual—655, 656, 657, 660, 682, 683, 684, 688] [Poder de vitória sobre outras tentações dado aos que triunfam sobre o apetite— 253] [Formação do caráter obstada pela maneira imprópria de cuidar do estômago— 719]
RELAÇÃO DO REGIME DIETÉTICO PARA COM A MORAL
Corrupção moral nos primeiros tempos
87. As pessoas que viveram antes do dilúvio comiam alimento animal, e satisfaziam seu lúbrico apetite até que o copo de sua iniqüidade se completou, e Deus purificou a Terra de sua poluição moral, pelo dilúvio. ... O pecado tem predominado desde a queda. Enquanto poucos têm permanecido fiéis a Deus, a grande maioria tem corrompido os seus caminhos diante dEle. A destruição de Sodoma e Gomorra foi por conta de sua grande impiedade. Eles deram livre curso a seu intemperante apetite, daí as suas paixões corrompidas, até que se haviam rebaixado de tal forma e seus pecados se tornaram tão abomináveis, que o copo de sua iniqüidade se encheu, e eles foram consumidos pelo fogo do Céu.—Spiritual Gifts 4:121 (1824). 88. Os mesmos pecados que acarretaram a ira de Deus sobre o mundo nos dias de Noé existem em nossos dias. Homens e mulheres hoje levam à glutonaria os seus hábitos de comer e beber. Este predominante pecado, a condescendência para com o apetite pervertido, inflamou as paixões dos homens nos dias de Noé, e conduziu à corrupção geral, até que sua violência e crimes chegaram ao Céu, e Deus lavou a Terra de sua poluição moral através de um dilúvio. Os mesmos pecados de glutonaria e bebedice obliteraram a sensibilidade moral dos habitantes de Sodoma, de maneira que o crime parecia ser o deleite de homens e mulheres dessa cidade ímpia. [61] Cristo assim adverte o mundo: “O mesmo aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem Se manifestar.” Cristo nos deixou aqui a mais importante lição. Não encoraja a indolência em Seu ensino. Seu exemplo foi o oposto disto. Cristo era um ardoroso trabalhador. Sua vida foi uma vida de abnegação, diligência, perseverança, atividade e economia. Diante de nós Ele coloca o perigo de levar ao extremo o comer e beber. Revela o resultado de entregar-se à condescendência para com o apetite. As faculdades morais são debilitadas, de maneira que o pecado não aparece como tal. Fecham-se os olhos ao crime e paixões inferiores controlam a mente, até que a corrupção geral desarraigue os bons princípios e impulsos e Deus é blasfemado. Tudo isto é resultado do comer e beber em excesso. Esta é a própria condição das coisas que Ele declara existirão por ocasião de Sua segunda vinda. Homens e mulheres se advertirão? Aceitarão a luz ou se tornarão escravos do apetite e das paixões subalternas? Cristo nos apresenta algo mais elevado com que nos ocuparmos do que meramente com o que comeremos, o que beberemos ou com que nos vestiremos. Comer, beber e vestir-se são levados a tais excessos que se tornam crime, e estão entre os pecados mais em evidência nos últimos dias e constituem um sinal da breve volta de Cristo. Tempo, dinheiro e força, que pertencem ao Senhor, mas por Ele confiados a nós, são gastos em superfluidades desnecessárias no vestir e no luxo do apetite pervertido, que reduz a vitalidade e causa sofrimento e decadência. É impossível apresentar a Deus o nosso corpo em sacrifício vivo, quando esse corpo está cheio de corrupção e enfermidade em virtude de pecaminosa condescendência. — Testimonies for the Church 3:163, 164 (1873). Corrupção predominante em virtude do apetite desregrado 89. Muitos se admiram de que a raça humana se tenha degene- [62] rado tanto física, mental e moralmente. Não compreendem que é a violação dos estatutos e leis divinas, e a violação das leis da saúde, que têm produzido esta triste degenerescência. A transgressão dos mandamentos de Deus tem feito com que Sua próspera mão seja removida. A intemperança no comer e no beber, e a condescendência para com as baixas paixões, têm entorpecido as finas sensibilidades, de maneira que as coisas sagradas têm sido postas no mesmo nível que as comuns.— Spiritual Gifts 4:124 (1864). 90. Os que se permitem tornar-se escravos de um apetite glutão, vão muitas vezes ainda além, e se rebaixam na tolerância para com suas corrompidas paixões, as quais foram excitadas pela intemperança no comer e no beber. Dão livre curso a suas paixões aviltantes, até que a saúde e o intelecto sofrem grandemente. As faculdades racionais são, em grande medida, destruídas por maus hábitos.—Spiritual Gifts 4:131 (1864). 91. Irregularidade no comer e no beber e a maneira imprópria de vestir, torna depravada a mente, corrompe o coração e leva os mais nobres atributos da alma em escravidão às paixões animais. — The Health Reformer, Outubro 1871. 92. Ninguém que professe piedade se refira com indiferença à saúde do corpo, iludindo-se a si mesmo com o pensamento de que a intemperança não é pecado, nem afeta a sua espiritualidade. Há entre a natureza física e a moral íntima relação. A norma de virtude é elevada ou degradada pelos hábitos físicos. O excesso no comer, ainda que seja o melhor alimento, produzirá condições mórbidas dos sentimentos morais. E se o alimento não é o mais saudável, os efeitos serão ainda mais danosos. Qualquer hábito que não promova ação saudável no organismo humano, degrada as faculdades mais altas e mais nobres. Hábitos errôneos no comer e no beber levam a erros de pensamento e de ação. A tolerância para com o apetite fortalece as propensões animais, dando-lhes ascendência sobre as faculdades mentais e espirituais. “Abstende-vos das concupiscências da carne, que combatem contra a alma”, é a linguagem do apóstolo Pedro. Muitos admitem [63] esta advertência como aplicando-se apenas aos licenciosos; mas ela tem significado mais amplo; guarda contra toda satisfação danosa do apetite ou das paixões. É uma advertência muito vigorosa contra o uso de estimulantes e narcóticos tais como chá, café, fumo, álcool e morfina. A tolerância para com isto pode muito bem ser classificada entre as concupiscências que exercem perniciosa influência sobre o caráter. Quanto mais cedo são esses hábitos formados, mais firmemente eles mantêm suas vítimas na escravidão da luxúria e mais seguramente rebaixarão eles a norma de espiritualidade. — The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881. 93. Necessitais praticar a temperança em todas as coisas. Cultivai as superiores faculdades da mente, e haverá menos força no crescimento animal. É-vos impossível crescer em força espiritual enquanto vossos apetites e paixões não estiverem sob controle. Diz o apóstolo inspirado: “Esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” Meu irmão, levantai-vos, eu vos rogo, e deixai que a obra do Espírito de Deus se aprofunde além da superfície; que ela atinja as profundezas da fonte de cada ação. O que se deseja é princípio, princípio firme e vigor de ação, tanto nas coisas espirituais como nas temporais. Falta fervor a vossos esforços. Oh, quantos estão baixos na escala da espiritualidade, porque não se negam o próprio apetite! A energia nervosa do cérebro é obscurecida e quase paralisada pelo excesso no comer. Quando tais pessoas vão aos sábados à casa de Deus, não conseguem conservar os olhos abertos. Os mais ferventes apelos não logram despertar o seu intelecto inerte, insensível. A verdade pode ser apresentada com profundo sentimento, mas não desperta a sensibilidade moral, nem ilumina o entendimento. Têm tais pessoas procurado glorificar a Deus em todas as coisas? — Testimonies for the Church 2:413, 414.
Influência de um regime dietético simples
94. Se todos quantos professam obedecer à lei de Deus estivessem isentos de iniqüidade, minha alma sentir-se-ia aliviada; não o [64] estão, porém. Mesmo os que professam guardar todos os mandamentos de Deus são culpados do pecado de adultério. Que posso eu dizer que lhes desperte as adormecidas sensibilidades? Os princípios morais, estritamente observados, tornam-se a única salvaguarda da alma. Se jamais houve tempo em que o regime alimentar devesse ser da mais simples qualidade, esse tempo é agora. Não devemos pôr carne diante de nossos filhos. Sua influência é excitar e fortalecer as mais baixas paixões, tendo a tendência de amortecer as faculdades morais. Cereais e frutas preparados sem gordura, e no estado mais natural possível, devem ser o alimento para as mesas de todos os que professam estar-se preparando para a trasladação ao Céu. Quanto menos febricitante o regime, tanto mais facilmente podem as paixões ser dominadas. A satisfação do paladar não deve ser consultada sem consideração para a saúde física, intelectual ou moral. A condescendência com as paixões inferiores levará muitíssimos a fechar os olhos à luz; pois temem ver pecados que não estão dispostos a abandonar. Todos podem ver, se quiserem. Caso prefiram as trevas em vez da luz, nem por isso será menor a sua culpa. Por que não lêem os homens e mulheres, tornando-se mais versados nessas coisas que tão decididamente afetam sua resistência física, intelectual e moral? Deu-vos Deus uma habitação para que dela cuideis, e a conserveis nas melhores condições para Seu serviço e Sua glória.—Testimonies for the Church 2:352 (1869).
A temperança ajuda no controle moral
95. Vosso alimento não é daquela simples e saudável qualidade que produziria a melhor espécie de sangue. Sangue impuro embota seguramente as faculdades intelectuais e morais, despertando as paixões mais baixas de vossa natureza e fortalecendo-as. Nenhum de vós pode permitir-se um regime febricitante, pois o faria às expensas da saúde do corpo e da prosperidade de sua própria alma e da dos filhos. Colocais sobre a vossa mesa alimentos que sobrecarregam os órgãos digestivos, excitam as paixões animais e debilitam as faculdades morais e intelectuais. Iguarias finas e alimentos cárneos não vos trazem benefícios. ... Admoesto-vos, pelo amor de Cristo, a que ponhais em ordem vossa casa e vosso coração. Que a verdade de origem celestial vos eleve e santifique no corpo, na alma e no espírito. “Exorto-vos, como [65] peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais que fazem guerra contra a alma.” Irmão G, vosso hábito alimentar tem a tendência de fortalecer as paixões inferiores. Não controlais o corpo, como é de vosso dever, a fim de aperfeiçoar a santidade no temor de Deus. A temperança no comer deve ser praticada antes que chegueis a ser um homem paciente.— Testimonies for the Church 2:404, 405 (1870). 96. O mundo não deve ser regra para nós. É moda condescender com o apetite em alimentos finos e estimulantes antinaturais, fortalecendo assim as propensões animais e obstando o crescimento e desenvolvimento das faculdades morais. Nenhum encorajamento é dado a qualquer dos filhos ou filhas de Adão de que podem tornar-se mais que vencedores na luta cristã a menos que decidam praticar a temperança em todas as coisas. Se fizerem isto não combaterão como quem combate no ar. Se os cristãos mantiverem o corpo em sujeição e levarem todo apetite e paixões sob o controle de uma consciência esclarecida, sentindo como uma obrigação devida a Deus e ao próximo o obedecer às leis que governam a saúde e a vida, terão a bênção do vigor físico e mental. Terão força moral para empenhar-se na guerra contra Satanás; e em nome dAquele que no benefício deles venceu o apetite, serão mais do que vencedores em seu próprio proveito. Esta luta está aberta a todos os que nela se empenham. — Testimonies for the Church 4:35, 36 (1876). [Efeito do regime cárneo sobre as faculdades morais — 658, 683, 684, 685, 686, 687] [O lar no campo — sua relação para com a dieta e a moral — 711] [Falta de poder moral devido à condescendência no comer e beber em relação aos filhos— 345] [Alimentos que causam irritabilidade e nervosismo — 556, 558, 562, 574] [66] [Tolerância com o apetite debilita as faculdades morais— 231]
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